Uma hora é muito pouco, um ano é demais. Os dias são
porções perfeitas de vida, uma espécie de módulos de organização
projetados por Deus.
Oitenta e quatro mil batidas do coração.
Mil quatrocentos e quarenta minutos.
Uma rotação da Terra.
Uma volta completa no relógio de sol.
Todo dia é um dia especial.
Vinte e quatro viradas da ampulheta.
Um nascer e um pôr-do-sol.
Um dia novinho em folha.
A dádiva de vinte e quatro horas não vividas, inexploradas.
E, se você puder acumular um bom dia após o outro, conseguirá
juntar os pedaços de uma boa vida.
Mas aqui vai o que você precisa ter sempre em mente.
O ontem não existe mais para você. Ele desapareceu enquanto
você dormia. Já era. Será mais fácil agarrar uma nuvem de
fumaça. Você não pode mudá-lo nem melhorá-lo. Sinto muito,
segundas chances não são permitidas. A areia da ampulheta não
volta para cima. O ponteiro dos segundos do relógio se recusa
a andar para trás. O calendário mensal se lê da esquerda para a
direita, e não ao contrário. O ontem não existe mais para você.
O amanhã ainda não existe. A não ser que você acelere a
órbita da Terra ou convença o Sol a nascer duas vezes antes de se
pôr, você não pode viver o amanhã hoje. Você não pode gastar
o dinheiro de amanhã, celebrar as conquistas de amanhã, nem
resolver os problemas de amanhã. Você só tem o hoje. Este é o dia
em que o Senhor agiu.
Viva nele. Você tem de estar presente para ganhar. Não sobrecarregue
o hoje com os arrependimentos de ontem nem o estrague
com os problemas de amanhã. Mas não é o que fazemos?
Fazemos com o nosso dia o que eu fiz com um passeio de
bicicleta. Um amigo e eu participamos de um passeio ciclístico em
uma região serrana. Em apenas alguns minutos, comecei a ficar
cansado. Meia hora depois, minhas coxas doíam, e meus pulmões
arfavam como se eu fosse uma baleia encalhada. Mal podia pedalar.
Tudo bem que não sou nenhum ciclista profissional, mas
também não sou nenhum principiante, e estava me sentindo um
novato nesse passeio. Depois de quarenta e cinco minutos,
precisei descer da bicicleta para retomar o ar. Foi aí que meu amigo
descobriu qual era o problema. Os freios traseiros estavam prendendo
o pneu de trás! Garras de borracha dificultavam cada pedalada.
O passeio estava fadado a ser difícil.
Não fazemos o mesmo? A culpa aperta de um lado. O medo
arrasta do outro. Não é de admirar que fiquemos tão cansados.
Sabotamos nosso dia, levando-o ao desastre, carregando os problemas
do ontem, antecipando os problemas do amanhã. Remorso
pelo passado, ansiedade pelo futuro. Não estamos dando uma
chance ao dia.
Como podemos? O que podemos fazer? Aqui vai minha
proposta: consultar Jesus. O Ancião dos Dias tem algo a dizer
sobre nossos dias. Ele não usa a palavra dia muitas vezes nas Escrituras.
Mas as poucas vezes em que a usa servem para dar uma
deliciosa fórmula para elevar cada um dos nossos dias à posição
de campeão."
"Direção. E graça. Único. Soberano.
D-E-U-S
Preencha seu dia com Deus. Dê uma chance ao dia."